FESTAS E COSTUMES
QUERMESSES
Antigamente haviam três grandes quermesses animavam os habitantes de Pescaria Brava e comunidades vizinhas durante o ano. A festa do Senhor do Bonfim, a do Divino Espírito Santo e a mais importante e mais tradicional que é a festa do padroeiro Senhor Bom Jesus do Socorro.
Extinta Festa do Divino Espírito Santo
Procissão da Festa do Senhor Bom Jesus do Socorro
Festa do Senhor Bom Jesus do Socorro |
Hoje em dia, a festa do Divino Espírito Santo foi extinta e a Festa do Senhor do Bonfim praticamente caminha para o mesmo destino. A Festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus do Socorro ainda hoje é realizada, mas não com o mesmo brilho dos tempos antigos. Até o final da década de 70 a festa tinha a seguinte programação: -uma semana antes da festa a Imagem do santo saia da igreja e era levada para a casa de um morador da comunidade que ficasse a mais ou menos meio kilômetro de distância. - no dia 05 de agosto, véspera da festa, ao meio dia, o sino batia juntamente com a giranda de fogos como forma de aviso ao povo da comunidade que o dia 06 de agosto é dia Santo no distrito. - na véspera da festa, as 8 horas da noite saia a transladação com o santo, e o povo saia da casa onde estava para a igreja, acompanhada pelo padre, irmandades, capelão e banda de música local. - no outro dia a festa continuava, com a banda 7 de setembro que animava a festa. A fundação da banda data do ano de 1930, e foi criada pelo senhor Avelino Manoel João Bernardo . |
A decoração da festa era toda natural, muitas bandeiras, pés de palmitos, bambu e muitas flores, dando um colorido a toda praça juntamente com a igreja. Como não tinha iluminação na época, acendiam-se lampiões a querosene e velas, para a iluminação da praça e da igreja. Já nas ruas, nas janelas e portas das casas, a iluminação era feita com tochas de bambu com uma estopa de pano banhada em querosene, iluminando toda a comunidade. As pessoas faziam fogueiras ao redor da praça e da igreja para aquecer as pessoas, servindo também para queimar oferendas, como pagamento de promessas.
A Festa do Senhor Bom Jesus do Socorro continua até hoje, mas muitas coisas estão diferentes, pois a tradição foi esquecida e não é mais seguida a muito tempo.
O CARNAVAL
Nos tempos mais remotos, haviam dois clubes para a comunidade se divertir. O salão Chico Tibúrcio e o salão do Antônio Francisco, onde atualmente é o salão paroquial. Faziam baile tocado pela banda 7 de setembro. Organizavam blocos de moços e moças.
O desfile era no domingo à tarde na praça. Os moços vinham desfilar de cavalo, fantasiados de verde e amarelo. Desfilavam na praça com seus garbosos cavalos.
À noite iam para o clube dançar. As moças trajavam-se de seda lamê, verde e amarelo. Os moços trajavam-se de calça e camisa de seda amarela, verde e branco.
Na 3º feira de carnaval os Habitantes faziam o Pereira D’água. Visitavam todas as casas da comunidade. Os habitantes abriam suas casas para os componentes do Pereira dançar e cantar. Ali eram oferecidos café, bebidas, alimentos, doces, etc.
As senhoras idosas, os foliões molhavam a barra da saia e saíam cantando várias marchas de carnaval. No Pereira os foliões usavam talco, trigo, água e carvão para sujar ou molhar todos os que passavam. À noite a comunidade participava de bailes carnavalescos.
Esta manifestação popular, também chamada de entrudo, é originária de Portugal, e certamente chegou aqui junto com os colonizadores portugueses.
FESTAS JUNINAS
Na
época de festa junina fazia-se uma fogueira na praça, tinha quentão, pinhão, batata, pé-de-moleque, etc. Mais tarde toda a comunidade ia para o salão dançar. Dançavam quadrilha, dança da vassoura, ratoeira, pau-de-fita e dança da cadeira.
Um verso da ratoeira -
“Quem me dera dois vinténs para comprar um pão de rala, para dar àquela moça que tem boca mas não fala.”
Atualmente não temos mais estas festas animadas e bonitas
como antigamente. Elas ficaram apenas na lembrança de quem vivia nesta época.
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